domingo, 23 de outubro de 2011

Quem gera Quem?




Hoje, eu gostaria de expor o meu “ponto de vista” sobre um assunto muito delicado, ( a utilização de óvulos e espermas de doadores anônimos em casais que não podem gerar seus próprios filhos) e farei esta abordagem apenas como observadora dos acontecimentos e de seus efeitos, pois nem tenho capacitação para expressar-me de uma outra forma, e o objetivo é somente sugerir aos leitores do blog, para que façam uma reflexão.
Tenho certeza que cada pessoa chegará a uma conclusão pessoal satisfatória.
Uma emissora de TV , colocou no ar duas novelas que sugerem em seu contexto a prática da “inseminação artificial com material genético colhido de doadores anônimos”, que no primeiro momento seria a solução para todos os casais inférteis do planeta, pelo menos para aqueles que podem pagar pelo procedimento.
Mas o que me chamou a atenção, foi o fato destes doadores serem “anônimos”, isto significa que algumas pessoas poderão fazer uso dos materias de um mesmo doador.
Em minhas reflexões cheguei a conclusão que o assunto é preocupante, pois biológicamente falando os doadores anônimos é quem são os verdadeiros pais dos indivíduos resultantes desse processo.
Acontece que, estes pais biológicos também tem suas próprias famílias constituídas de filhos e filhas, e com a globalização ativa e as tecnologias cada vez mais acessíveis, as pessoas estão mais perto umas das outras.
Seguindo esta linha de raciocínio podemos aceitar a ideia de que estes “irmãos” desconhecendo suas origens, poderão se encontrar, namorar , casar e gerar filhos.
Não quero colocar o assunto sob o ponto vista moral, isso seria extremamente desesperador e inadmissível para qualquer segmento religioso.
Mas basta uma análise sob os olhos da Ciência, para entender que as consequências são muito significativas, pois todos sabem que, a união entre pessoas ou o acasalamento entre animais com parentesco sanguineo poderá gerar rebentos com deficiências congênitas, isto é, com doenças adquiridas desde a concepção.
Bem, na criação de animais, os criadores tomam bastante cuidado para evitar esta situação, mas e entre as pessoas; como gerênciar isto? Como eu já citei, a globalização e os produtos tecnológicos propciam os encontros, então a possíbilidade mesmo que remota, existe.
Acredito que seria de grande importância, que estes “casais candidatos” refletissem bastante antes de se submeterem a estes processos de inseminação, principalmente de doadores anônimos, pois o amor e a educação que é o produto que oferecemos aos filhos, podem ser distribuídos de muitas maneiras diferentes, e em contra-partida existe um número imenso de indivíduos abandonados e esquecidos pela sociedade neste Planeta.
A Ciência está descobrindo várias formas de superar as deficiências reprodutivas dos Seres, mas também é preciso observar até que ponto estas conquistas poderão ser implantadas em nossas vidas, sem que venha ferir a conduta moral dos maiores envolvidos, que são as pessoas geradas neste processo.
Para ajudar nesse controle de atitudes, é importante lembrar o que disse o Apóstolo Paulo em (1Cor, 6-12).:
“Tudo me é permitido, mas nem tudo convém. Tudo me é permitido, mas não me deixarei escravizar...”


                    ou
 
"Everything is permissible for me"--but not everything is beneficial. "Everything is permissible for me"--but I will not be mastered by anything. 


                                      ( Cida Ferreira )