quarta-feira, 14 de setembro de 2011
CONSOLANDO DORES
Nós somos sensíveis à lembrança e às saudades dos que nos eram caros aqui na Terra, mas, uma dor incessante e terrivel toca penosamente este ente querido, porque, nessa nossa dor excessiva, ele vê falta de fé no futuro e de confiança em Deus e, que acaba sendo um obstáculo ao adiantamento dele e dos que o choram.
Um pouco de saudades é saudavel para ambos.
Estando o Espírito mais feliz no Espaço que na Terra, lamentar que ele tenha deixado a vida corpórea é querer impedir que seja feliz.
Imaginemos dois amigos que se achem metidos na mesma prisão.
Ambos ganharam a liberdade um dia, mas um sairá antes do outro.
Seria caridoso que o que continuou preso se entristecesse porque o seu amigo foi libertado primeiro?
Não haveria, da parte do que ficou, mais egoísmo do que afeição em querer o outro partilhasse o cativeiro pelo mesmo tempo?
O mesmo se dá com dois seres que se amam na Terra.
O que parte primeiro é o que primeiro se liberta e só nos cabe felicitá-lo, aguardando com paciência o momento em que a nosso turno também o seremos.
Façamos ainda, outra comparação. Temos um amigo que, se encontra em penosíssima situação.
Sua saúde exige que ele vá para outro lugar, onde será melhor tratado.
Deixará temporariamente de estar ao seu lado, mas corresponder sempre atraves de cartas ou e-mail (que neste caso é o pensamento): a separação será apenas material.
Desgostaria a você o seu afastamento, embora para o bem dele?
A vida é constante, só mudamos de ambiente, aqueles a quem amamos partem para serem felizes em outros locais da atmosfera, a continuidade da afeição e a solicitude que nos dispensavam continuam.
(Extraido de O.L.D.E.)
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